Dando continuidade a leitura do livro 12 Regras, retorno com a regra nº 2, que trata a respeito de como cuidamos de nós mesmos; cuide de si mesmo como cuidaria de alguém sob sua responsabilidade. Essa regra em particular foi um tanto difícil de ler, pois em grande parte do tempo faço justamente o contrário do que ela indica.
Foi uma regra longa, mas a seguir vou compartilhar com vocês alguns pontos que me chamaram a atenção.
Cuide de si mesmo como cuidaria de alguém sob sua responsabilidade
As pessoas são mais cuidadosas ao comprar e administrar remédios para seus animais de estimação do que para si mesmas. Isso não é bom. Mesmo sob a perspectiva do seu animal de estimação, não é bom. Ele (provavelmente) o ama e ficaria mais feliz se você tomasse os remédios de que precisa. Pg. 33
12 REGRAS PARA A VIDA- CUIDE DE SI MESMO COMO CUIDARIA DE ALGUÉM SOB SUA RESPONSABILIDADE.
O quote acima me chamou muito a atenção, principalmente porque há pouco tempo a Safira, minha cadela, fez uma cirurgia de castração, depois de ter vários episódios de problemas de saúde, em decorrência dos cios dela.
A diferença da minha postura quando alguém que me importo fica doente, com a minha postura quando eu mesma não estou bem, é bem grande. De minha parte, não meço esforços para cuidar e tratar, de quem quer que seja, incluindo minha cadela. Agora quanto a cuidar de mim, eu simplesmente não dou a mesma importância.
Neste parágrafo Peterson fez inúmeras reflexões, inclusive usando como referência a queda Adão e Eva, e a perda do Paraiso. A verdade é que no mais profundo, de maneira inconsciente, não nos damos a devida importância, por não acreditarmos sermos merecedores.
Claro que isso não é algo generalizado, mas é inegável que algumas pessoas têm a tendência de serem extremamente duros consigo mesmos. E eu me incluo nesse grupo.
Ainda que seja louvável nos preocuparmos ainda mais com as pessoas e animais que amamos, não seria possível cuidar deles de maneira apropriada, se nós mesmo não estivermos bem.
Por isso, não se esqueça: Cuide de si mesmo, como cuidaria de alguém sob sua responsabilidade.
Caos, ordem, e a mediação entre ambos.
O caos é o domínio da ignorância em si. É um território inexplorado. O caos é o que se estende, eternamente e sem limites, além das divisas de todos os estados, ideias e disciplinas(…)A ordem, por contraste, é o território explorado. É a hierarquia de lugar, posição e autoridade com centenas de milhões de anos. É a estrutura da sociedade. É também a estrutura fornecida pela biologia especialmente à medida que você está adaptado, como de fato está, à estrutura da sociedade. Pg 35,36.
12 REGRAS PARA A VIDA- CUIDE DE SI MESMO COMO CUIDARIA DE ALGUÉM SOB SUA RESPONSABILIDADE.
Caos e ordem não necessariamente se sobrepõem, é interessante imaginar que temos a tendencia a ter aversão ao caos, mas para que a ordem exista é necessário um pouco de caos. O equilíbrio entre ambos é que é a chave.
Se nossa vida fosse uma eterna ordem não evoluiríamos. Permaneceríamos estáticos, sem almejar mudanças e melhorias. O caos por sua vez nos coloca em movimento, nos retira da zona de segurança, nos leva a lugares que antes eram desconhecidos. O caos nos amadurece.
Vivi isso recentemente ao mudar de emprego. Durante anos vivi na falsa estabilidade de um trabalho, em que acreditava que aquela ordem diária, e a falsa sensação de imutabilidade, seria o que eu viveria para sempre. Mas a semente do caos se plantou e me forçou a sair, mudar, me reinventar, crescer.
Entendi que o caos não foi ruim, mas sim uma força motriz que me impulsionou a ser melhor.
Claro que tudo em excesso é um problema. Por isso o equilíbrio é fundamental, e saber viver nas circunstâncias é extremamente necessário. E entender que a adversidade, ainda que difícil, não é de toda ruim para o nosso desenvolvimento.
É muito melhor tornar aptos os seres que estão sob seus cuidados do que protegê-los
Ainda refletindo sobre o caos e ordem, essa citação chamou e muito a minha atenção. Atualmente, talvez por insegurança e medo, temos a tendência de proteger em excesso nossas crianças. Não minto, eu tenho a mesma inclinação com minhas sobrinhas. O simples pensamento que algo de ruim possa acontecer com alguma delas, simplesmente tira o meu sono.
Contudo, ainda que precisemos fornecer uma proteção que esteja de acordo com cada faixa etária, é extremamente necessário criarmos nossas crianças com capacidades para que elas possam lidar com as intempéries que surgirem no decorrer de suas vidas. Infelizmente nem sempre teremos auxílio de alguém, e quanto mais cedo aprendermos a lidar com determinadas circunstâncias, melhor.
Não sou mãe, e imagino que para quem tem filhos, isso seja ainda mais difícil, mas da minha perspectiva como tia, espero poder ajudar as minhas sobrinhas a ter autonomia, na medida em que forem crescendo.
Enfim, esses foram alguns dos meus aprendizados durante a leitura da segunda regra, e espero que de alguma eles possam despertar reflexões em vocês.
Forte abraço.
Amanda, estou gostando muito de acompanhar os seus posts sobre esse livro. Você consegue sintetizar de uma forma muito clara as regras! E, assim como da outra vez, essa regra falou demais comigo. Depois que me tornei mãe eu finalmente entendi a importância de me cuidar. Se eu não estou minimamente descansada e alimentada, eu fico muito mais irritada com os choros da minha bebê, perco a motivação e me sinto muito frustrada no final do dia. É difícil colocar as nossas necessidades como algo importante, porque sentimos que estamos sendo egoístas ao fazermos isso. Mas percebo que é necessário ter um equilíbrio. É sobre entender que, para amar e cuidar do outro, nós também precisamos estar bem.
Por fim, essa segunda parte sobre o caos e a ordem eu achei incrível. Estou num processo de mudança de casa e ver a minha casa atual toda revirada e dentro de caixas me dá um leve desespero. E esse sentimento só piora quando eu penso em como vai ser ter que reorganizar tudo isso na casa nova. Não é nada fácil, mas é exatamente isso que você mencionou: o caos nos ajuda a amadurecer. Agradeço demais por ter compartilhado os aprendizados que está tendo com esse livro. Estão me ajudando muito a refletir sobre a minha própria vida.
Um grande abraço!
Eu preciso colocar esse mantra em prática
Depois que me tornei mãe, acabei de descuidando um pouco. E sei que precisamos ter um equilíbrio, Afinal, se eu não estiver bem, minha filha também não estará.
Então só agora, depois de oito meses, que tenho conseguido priorizar coisas que me fazer bem – nem que seja algumas horinhas na semana =)
É como aquela história: “por que você não consegue ter o mesmo compromisso consigo mesma que tem com os outros?”. Parece uma bobeira, mas quando paramos para refletir entendemos que por mais vezes cuidamos muito do outro e pouco de nós mesmo, e isso em muitas esferas da nossa vida.